Feminilidade Sonhos

A evolução de uma sonhadora

Quando se é jovem e se é estimulada a sonhar, mas meus sonhos foram além do que é permitido para uma vida saudável.

Eu sempre sonhei em fazer um mestrado fora de Manaus, não almejei fazer na faculdade onde me formei, nada contra, é um lugar muito sério e forma bons nomes no Brasil todo, mas eu queria viver uma cultura diferente da minha, queria uma experiência que pudesse me acrescentar profissionalmente e como pessoa também, então sempre adiei o meu mestrado na oportunidade de aparecer algo que me tirasse por um tempo de Manaus só para estudar.

Um dia percebi que podia sonhar pouquinho mais, conheci a Fundação Estudar e com ela o “Estudar fora”, com essa informação veio a esperança de um dia fazer mestrado nos Estados Unidos, mas pra isso eu precisaria de um bom inglês. E quando li que a avaliação para aceitação no programa é sua história de vida… Puts eu sabia que esse era o caminho pra fazer o mestrado antes de engravidar.

Sem pensar direito, peguei o dinheirinho guardado, pedi as contas do trabalho e fui embora para Seattle para aprenderinglês  mais rápido possível para concorrer a uma vaga no “Estudar Fora”. Era tudo o que eu queria para seguir com os futuros planos, um título profissional que alinhado à minha experiência de 10 anos na área ambiental me possibilitariam concorrer para uma vaga de professora na Universidade Federal do Amazonas, onde eu poderia influenciar alunos perdidos e sem missão, poderia expressar minha paixão pelo meu estado e quem sabe formar futuros profissionais comprometidos com o desenvolvimento sustentável do Amazonas.

Era o plano perfeito!!!! Era o que deixava meu coração bater tão forte que as vezes eu pensava que explodiria, sabia que era difícil e que não poderia ser aprovada no “estudar fora”, mas eu queria tentar.

Outrubro de 2015
Cintia Fernandes - a sonhadora  antes dos 30.

Escrevi o texto acima em outubro de 2015 mas não postei, deixei arquivado aqui, só vi hoje quando me preparava para escrever um novo texto.

O título é “a dor da renúncia” porque no momento que eu tive que interromper meus planos, eu não senti nada menos que dor, doeu muito e até hoje dói. Eu tive que escolher, tive que olhar pra dentro de mim e avaliar o que era mais importante e acredito que escolhi o certo, não me arrependo, consegui aquilo a que me propus quando decidi voltar.

Fui a Seattle, aprendi inglês mas tive que voltar mais cedo do que o planejado. Tudo bem, nem tudo acontece do jeito que planejamos né? As vezes podem acontecer coisas melhores que nossos planos, eu pelo menos acho que foi melhor. Fiz questão de postar esse texto porque gosto de lembrar dessa Cintia cheia de sonhos, sonhos que hoje estão escondidinhos no meu coração… uma hora eu penso em com lidar com eles com mais maturidade e de uma forma mais saudável para minha vidad e relacionamentos.

Valeu muito tuuuudoooo que vivi por lá, são lembranças que assaltam meus pensamentos e me trazem alegria no coração. Vivi dias incríveis, estar sozinha me ajudou a saber quem eu era de verdade, me ajudou a ver um outro lado da vida… Foi ótimo, pretendo resgatar todas as minha lembranças e anotações de tudo que aprendi por lá.

Abril de 2017 
Cintia Fernandes - a sonhadora um pouquinho triste - aos 31.

 

 

PS: Essa Cintia sonhadora sem avaliar as consequências das suas escolhas, amadureceu e quer compartilhar as grandes coisas que aconteceram na vida depois que renunciou aquele sonho temporariamente. Ela aproveitou para realizar outros sonhos,  até chegar o momento certo de viver esse sonho que está guardadinho.

01 de Novembro de 2018
Cintia Fernandes - aquela que aprendeu que tudo no seu tempo é bom e formoso - aos 33.
Categoria: Feminilidade - Sonhos.

 

 

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